Representantes de movimentos sociais lançaram oficialmente no sábado (22), em Macapá (AP), na Amazônia brasileira, o VII Fórum Social Pan-Amazônico. “No meio do mundo, os povos se encontram” é o slogan desta edição. O evento reuniu lideranças de vários segmentos, como comunidades quilombolas, trabalhadores rurais, educadores populares, representantes de movimentos culturais, militantes de movimentos estudantis, pesquisadores, professores universitários, representantes dos povos indígenas Kaxuyana e Tiriyó, e contou ainda com a presença do consulado venezuelano e de representação da Prefeitura de Macapá.
Alternativas que construam a justiça e a igualdade social
O Fórum Social Pan-Amazônico é um evento-processo que busca articular os movimentos sociais, comunidades tradicionais e povos originais dos nove países da Bacia Amazônica (Brasil, Equador, Venezuela, Bolívia, Republica Cooperativa das Guianas, Suriname, Colômbia, Peru e Guiana) com o objetivo de aproximar culturas, quebrar o isolamento das lutas de resistência, fortalecer o combate anti-imperialista, desenvolver a autonomia dos povos, promover a justiça social e ambiental, se opor aos modelos de desenvolvimento predatórios e danos aos povos que vivem na Pan-Amazônia e discutir alternativas que construam a justiça e a igualdade social.
O Fórum Social Pan-Amazônico é um evento-processo que busca articular os movimentos sociais, comunidades tradicionais e povos originais dos nove países da Bacia Amazônica (Brasil, Equador, Venezuela, Bolívia, Republica Cooperativa das Guianas, Suriname, Colômbia, Peru e Guiana) com o objetivo de aproximar culturas, quebrar o isolamento das lutas de resistência, fortalecer o combate anti-imperialista, desenvolver a autonomia dos povos, promover a justiça social e ambiental, se opor aos modelos de desenvolvimento predatórios e danos aos povos que vivem na Pan-Amazônia e discutir alternativas que construam a justiça e a igualdade social.
Segundo organizadores do evento, a reunião do Comitê Internacional do Fórum Social Pan-Amazônico (FSPA) no final do VI FSPA, em Cobija, na Bolívia, apontou a cidade de Macapá, Amazônia brasileira, como a sede do VII fórum, em 2014. A necessidade de avançar nas articulações pan-amazônicas, inserindo de forma mais efetiva o Platô das Guianas, foi um dos elementos que mais pesaram nesta decisão, além, é claro, de poder realizar um fórum literalmente no meio do mundo, fato que da base ao slogan do VII FSPA, “No meio do mundo, os povos se encontram”.
Guilherme Carvalho, integrante da comissão de articulação do Fórum, destacou que é necessário juntar forças, organizando-se em redes para fazer a resistência e apresentar outras perspectivas para o futuro do mundo. A abertura da região panamazônica ao grande capital está provocando problemas cada vez maiores, vide Porto Velho e Altamira, que enfrentam hoje situações dramáticas, com grandes enchentes, fruto dos projetos hidrelétricos que estão sendo implantados nestes locais. Alertou que o governo brasileiro pretende construir 350 barragens nos rios amazônicos.
O integrante da Comissão afirmou ainda que é grande a expectativa neste fórum em Macapá, de que o mesmo possa ser um passo a mais na construção de alianças e parcerias entre as diversas organizações e movimentos da Pan-Amazônia e a possibilidade de fazer um debate qualitativo e que tenha como resultado o avanço na articulação entre as organizações pan-amazônicas.
Fortalecer o combate anti-imperialista
A iminente tentativa de golpe contra o governo do povo venezuelano também foi destaque no evento. Alonso Pacheco, Cônsul Geral da República Bolivariana da Venezuela alertou sobre as tentativas de desestabilização nacional desencadeadas por parte da oposição conservadora, setores estes, repetidamente derrotada nas urnas, que voltam a se articular com o governo dos EUA, para tentar deter a Revolução Bolivariana. Pacheco agradeceu o convite em nome do povo venezuelano e afirmou que não poderia deixar de estar presente neste momento, cerrando fileiras em defesa dos povos da pan-amazônia e do legado de nossa revolução, finalizou.
O Lançamento do Fórum foi finalizado com apresentação de vários grupos culturais locais entre eles o da Juventude Marabaxeira e do grupo Grupo de Hip Hop Rapzônia e terá o seu grande desfecho entre 28 a 31 de maio de 2014, em Macapá, “No meio do mundo, os povos se encontram”.