Com cerca de oito minutos de duração, o documentário “Memórias de Vida e de Trabalho frente à construção de Belo Monte” retrata os impactos socioeconômicos, culturais e ambientais provocados pela construção da primeira barragem do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte. A população atingida está localizada no entorno de Volta Grande do rio Xingu, no município de Vitória do Xingu.
Recentemente, o material ganhou novas versões e está disponível na internet. Lançado em dezembro de 2013, o documentário é resultado do Projeto de pesquisa “Famílias ribeirinhas: memórias de trabalho e de vida face ao projeto de Belo Monte”, desenvolvido pela Faculdade de Letras (FALE) do Instituto de Letras e Comunicação (ILC) da Universidade Federal do Pará, em parceria com as Faculdades de Letras e de Geografia do Campus de Altamira.
Memória – O objetivo dos pesquisadores é compartilhar informações sobre a memória histórica das comunidades da região do Xingu. As imagens e os depoimentos que compõem o documentário são provenientes de viagens realizadas, entre agosto e setembro de 2012, pelos integrantes do projeto às comunidades de Arroz Cru I, Arroz Cru II, Paratizão, Santa Luzia e Itaboca.
O material pode ser acessado pelos seguintes canais da internet: Youtube (com versões disponíveis em português e em inglês) e site do Grupo de Pesquisa Desenvolvimento e Dinâmicas Territoriais na Amazônia (GEDTAM), um dos grandes apoiadores do projeto. Além da tradução para o idioma inglês, está previsto, ainda para 2014, traduzir o material para o espanhol e o francês.
O projeto – Identificar, acompanhar, registrar, investigar, discutir, debater, analisar e divulgar as transformações socioeconômicas e as práticas ambientais enfrentadas e vivenciadas pelas famílias ribeirinhas, diretamente atingidas pela construção da Hidrelétrica de Belo Monte são as metas do projeto de pesquisa.
Produção de artigos e de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs), além do próprio documentário são alguns dos resultados das ações referentes ao período de 2012 e 2013. O documentário, inclusive, foi criado a partir de um acervo alimentado por fotografias, histórias, memórias e registros de práticas produtivas do cotidiano das famílias ribeirinhas acompanhadas pelo projeto.
O projeto conta com cinco coordenadores: professora Elizabete Vidal, do Campus da UFPA no Guamá; e professores José Antônio Herrera, José Miranda Neto, Maria Ivonete Coutinho e Ivana de Oliveira, do Campus de Altamira. Além desses, também participaram da pesquisa de campo que deu origem ao documentário nove bolsistas de iniciação científica do Campus de Altamira.
Texto: Juliana Angelim – Assessoria de Comunicação da UFPA